sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Candomblé



Thereza Gerhard


As religiões afro-brasileiras, até os anos 30, eram incluídas na categoria das religiões de preservação de patrimônios culturais dos antigos escravos africanos e descendentes. A organização das religiões negras no Brasil deu-se bem recentemente.

O candomblé tem raízes na África e chegou ao Brasil por meio dos escravos da área cultural banto (onde hoje estão os países da Angola, Congo, Gabão, Zaire e Moçambique) e da área cultural ketu da região sudanesa do Golfo da Guiné, atual território da Nigéria e Benin.

Logo que o candomblé chegou ao país, foi muito combatido, tanto pelos padres como pelos portugueses. Para fugir das perseguições, os negros fizeram uma fusão dos orixás com santos católicos, conseguindo, assim, mais liberdade para suas práticas religiosas. Atualmente, o candomblé resgatou as raízes, retornando as práticas originais.

Segundo o candomblé, cada pessoa pertence a um orixá determinado, que é o guardião da cabeça e mente, e de quem herda características físicas e de personalidade. É uma religião monoteísta, pois possui uma divindade principal, Olorum, que comanda os orixás.

No candomblé estão presentes o ritmo dos tambores, os cantos, a dança e a comida. No culto realiza-se a louvação aos orixás que "incorporam" nos fiéis, para fortalecer o axé (energia vital) que protege o terreiro e os membros.

O candomblé opera em um contexto ético no qual a noção judáico-cristã de pecado não existe. A diferença entre o bem e o mal depende basicamente da relação entre o seguidor e o orixá pessoal.


Há dezesseis principais orixás cultuados no Brasil:

Exu
, orixá mensageiro entre os homens e os deuses;
Xangô, do fogo e do trovão;
Iansã e Obä, orixás dos ventos e das tempestades;
Oxum, das águas doces;
Iemanjá, dos mares e oceanos;
Ogum, controla guerras, o fogo e a tecnologia;
Oxossi, rege a caça;
Obaluaiê, responsável pela cura;
Ossaim, controla as folhas e ervas medicinais;
Oxumaré, rege a chuva e o arco-íris;
Nana, da lama e do fundo dos rios;
Ewa, deusa da mutação;
Logun Ede, deus do encanto - metade Oxossi, metade Ogum;
Oxalá, pai de todos os orixás e
Oxoguian é Oxalá quando jovem.


Iniciação e sacrifício

O ritual envolve um período de reclusão, o sacrifício de animais, a oferenda de alimentos e a obediência a rígidos preceitos.

Segundo o antropólogo Raul Lody, ser noviço é um estágio duro e até cruel. Porém, Lody também afirma que há na iniciação o elemento de coesão do grupo.

A iniciação deve ser renovada após um, três, sete, quatorze e vinte e um anos. No sétimo ano de iniciação, o membro é autorizado a abrir casa de culto.

Todos os seguidores, após a iniciação, passam a fazer parte de uma hierarquia e podem ascender a pai ou mãe-de-santo.

O candomblé também atende a uma clientela que não participa dos cultos. Os clientes procuram a mãe ou pai-de-santo para o jogo de búzios e o oráculo do candomblé, por meio dos quais problemas são desvendados e oferendas são prescritas para a solução.


Fontes: LODY, Raul. Candomblé: Religião e resistência cultural. São paulo: Ática, 1987.

PRANDI, Reginaldo. Herdeiras do Axé. São Paulo: Hucitec, 1997.

Saiba mais: Especial Planeta na Web. A Ação dos Orixás Sobre Seus Filhos.

Para onde vamos?
O que acontece após a morte para os seguidores do candomblé.

Colaboração: Patrícia Ruela, 6º período de Publicidade e Propaganda do UBM.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pensamento de Buda


"O que somos é a conseqüência do que pensamos".

"Abster-se de todo mal - praticar o bem -, purificar seus pensamentos: tais são os mandamentos de todos os Budas".

"Cada qual pagará a si mesmo pela má ação que cometeu. Praticando uma boa ação, cada qual se purificará a si mesmo. Não se podem purificar uns aos outros".

"Faça de ti mesmo teu próprio suporte, teu próprio refúgio".

"O verdadeiro sábio não é guiado por outrem, não se apega a nenhuma opinião sobre as diferentes doutrinas; ele está além de qualquer disputa".

"Não acrediteis numa coisa só por ouvir dizer. Não acrediteis na fé das tradições só porque foram transmitidas por longas gerações. Não acrediteis numa coisa só porque é dita e repetida por muita gente. Não acrediteis numa coisa só pelo testemunho de um sábio antigo. Não acrediteis numa coisa só porque as probabilidades a favorecem ou porque um longo hábito vos leva a tê-la por verdadeira. Não acredites no que imaginastes, pensando que um ser superior a revelou. Não acrediteis em coisa alguma apenas pela autoridade dos mais velhos ou dos vossos instrutores.

Mas aquilo que por vós mesmos experimentares, provastes e reconhecestes verdadeiro, aquilo que corresponde ao vosso bem e ao bem dos outros - isso deveis acreditar, e por isso moldar a vossa conduta".

"Todos os seres e todas as coisas são constituídas de uma mesma essência, embora pareçam diferentes segundo as formas que tomam, em conseqüência das influências que recebem. Como se formam e agem, são".

"A afeição ao prazer produz desgosto; o temor do sofrimento engendra o medo".

"Qual a raiz do Mal? A cobiça, o ódio e a ilusão".

"Qual é o caminho da salvação? É a retidão; é a meditação; é a sabedoria".

"Aquele que percebe a existência da dor e conhece sua causa, remédio e extinção entende as quatro nobres verdades e está no bom caminho".

"Quem desperta para o conhecimento da verdade livra-se de todo temor e conhece a futilidade de suas inquietações, ambições e sofrimentos".

"Não é sobre as faltas alheias que devemos fixar a atenção. mas sobre o que nós mesmos deixamos de fazer".


Fonte: O pensamento Vivo de Buda. Ediouro e Martin Claret Editores, 1985.

Budismo



Thereza Gerhard


Uma das religiões mais antigas da humanidade, o budismo não prega a existência de um deus. Foi criado no século VI a.C., pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563-483 a.C.), ou simplesmente Buda, que significa “o iluminado” ou “o desperto”.

Buda teria nascido na Índia, em uma família nobre. Pretendendo evitar a previsão de que Sidarta se tornaria um mestre espiritual, o pai, o rei Shudodhana, o cercou de uma vida de luxo, longe das questões filosóficas, espirituais e da realidade da vida fora do palácio. Entretanto, o príncipe conseguiu fugir para a cidade, onde, pela primeira vez, teve contato com a miséria da população. Chocado e em crise existencial, aos 29 anos, decidiu abandonar tudo e passou a se dedicar à busca da solução para o sofrimento humano.

O budismo tem de 350 a 500 milhões de seguidores em todo o mundo. E não se encaixa em nenhum dos padrões de outras religiões. Não há conceitos como céu, inferno e salvador. E segundo reportagem da Superinteressante, de março de 2002, “não há religião mais tolerante nem menos fundamentalista”.

O budismo ensina que os fiéis devem testar os ensinamentos de Buda nas experiências pessoais. “Através das ações diárias busco me tornar uma pessoa melhor”, diz a seguidora do budismo Nitiren Daishonin, Elizabete Moutinho.

O budismo procura levar os homens à superação do sofrimento por meio da disciplina mental, da meditação e de atitudes corretas perante a vida. Pela lei do carma, as ações das pessoas determinam o futuro. Elizabete fala da lei da causa e efeito ou carma: “Tudo que produzimos por nossos pensamentos, palavras e ações fica gravado em nossa vida e pode nos retornar. Por isto, presto mais atenção nas atitudes”.

Como não há templos budistas na região Sul Fluminense, Elizabete participa da Associação Brasil Soka Gakkai Internacional. E as reuniões são realizadas nas casas dos membros.


Doutrina

Os ensinamentos deixados por Buda são filosóficos, éticos e psicológicos.

O sofrimento tem origem no desejo e no apego. E a superação da dor é alcançada por meio do Nobre Caminho Óctuplo ou pelas Seis Perfeições.

O Nobre Caminho Óctuplo resume-se em: visão, pensamento, fala, ação, meio de vida, esforço, atenção e meditação corretos.

E as Seis Perfeições são: generosidade, paciência, ética, esforço entusiástico, concentração e sabedoria.


Fonte: PAULA, Caco de. Buda (matéria de capa). O iluminado. Revista Superinteressante. São Paulo: Editora Abril, Março de 2002. PP 38-46.


Saiba mais: Associação Brasil Soka Gakkai Internacional
Buddhanet em inglês
Dharmanet
Jornal Brasil Seikyo

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Jovens e religião

O Jornal Hoje, da Rede Globo, fez uma reportagem especial sobre os jovens e seu relacionamento com a religião no Brasil, no dia 20 de agosto. A matéria traz algumas estatísticas:

20% dos jovens brasileiros não têm uma religião definida e 17% já mudaram de religião pelo menos uma vez. Contudo, 98% acreditam em Deus. Atualmente, 33% dos jovens seguem uma religião por decisão pessoal.

O site do Jornal Hoje disponibiliza o vídeo da reportagem.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Adventismo do Sétimo Dia

No século XIX, Guilherme William Miller, pastor batista do estado de Nova York, acreditava e começava a estudar e pregar a segunda vinda de Jesus. Segundo os cálculos dele, Cristo retornaria no ano de 1834. Várias pessoas, de diferentes igrejas, esperaram o Senhor naquele dia, porém nada ocorreu. Miller refez os cálculos, porém nenhuma data coincidia com a vinda de Cristo. O pastor finalmente reconheceu o erro. Porém, nem todos os seguidores abandonaram esta crença.

Hiram Edson, discípulo e amigo do pastor, teve uma “revelação”. Hiram concluiu que o local estava errado, não a data. Segundo Edson, “Cristo havia entrado no santuário celestial, não no terreno, para fazer uma obra de purificação ali”. Dos três grupos que apoiaram Hiram Edson, dois deles deram contribuição para a formação da Igreja Adventista do Sétimo Dia.




No culto de domingo ou primeira-feira – como os adventistas denominam o primeiro dia da semana –, dia 12 de agosto, na Igreja Adventista do Sétimo Dia, de Vassouras, os assuntos tratados foram práticos e úteis. Os membros da igreja que conduziam o culto, falaram sobre os fatores de risco para problemas do coração, o uso policiado cartões de crédito e cheques, a violência, a pobreza e a gravidez na adolescência.
Entre os presentes, havia um jovem casal de namorados, Tatiana Barros e Arthur Alvarenga. Tatiana faz medicina e acredita no criacionismo. “Deus capacita os médicos e faz com que os homens inventem os remédios. A oração funciona para quem nela crê”, diz Tatiana. Ambos afirmam que só farão sexo após o casamento, mas isto não impede que tenham um namoro normal.




Doutrinas

Guarda do sábado: o sétimo dia da semana é o dia de repouso dos adventistas – neste dia eles não trabalham.
Estado da alma após a morte: reduzida ao estado de silêncio, inatividade e inconsciência. “O corpo virá pó. E só ressuscitaremos no juízo final, quando Jesus retornar a Terra”, afirma o pastor João Faustino.
Destino Final dos ateus e do diabo: serão exterminados para não mais existirem. “Quem fez o mal, será queimado e destruído. Estarão sujeitos à condenação eterna”;
Pecados: “para ser perdoado, você precisa apenas se ajoelhar, arrepender-se e confessar a Deus os pecados”.
Pôr-do-sol: para os adventistas, o dia tem início no pôr-do-sol e não à meia noite.


Saiba mais: Advir
Blog sobre o Adventismo no Brasil
Portal Adventista
União Este Brasileira

Matéria publicada na edição 44 do Entrelinhas
Fotos: Thereza Gerhard

Religiões

Nas sociedades organizadas, a religião é uma das estruturas institucionais importantes em que há práticas e crenças comuns, sendo, acima de tudo, social. A religião é encontrada em, praticamente, todas as sociedades humanas. Para a sociologia, a religião refere-se a algo vago e intangível: ao além. Pode estar associada a um poder sobrenatural que molda ou dirige a vida e a morte do ser humano, ou a um compromisso com idéias que tornam a vida coerente de acordo com orientações morais, valores e objetivos comuns.

Segundo o filósofo Marcos Fernando, nas religiões antigas o indivíduo comum não podia fazer por si mesmo os sacrifícios necessários à expiação de uma falta. “Daí surge uma classe especial de indivíduos responsáveis pelo trabalho espiritual de uma comunidade: os sacerdotes”. A palavra religião vem do latim religare que significa religar. “O papel da religião é ser um sistema cultural de ligação dos indivíduos com o mundo espiritual”, diz o professor.

De acordo com o estudante de Teologia Luiz Carlos Leite, religião é tudo aquilo em que você acredita e profetiza. “As religiões têm objetivos diferentes. Porém a fé é a mesma”, afirma.

Editorial

A partir da próxima edição do Entrelinhas, será publicada uma série de reportagens sobre religiões. Através da proposta, pretendemos apresentar um pouco da origem, das características e dogmas praticados pelos seguidores de cada uma delas. Ao final da série, apresentaremos uma pesquisa de opinião, através da qual será feito um balanço sobre as crenças mais praticadas pelos alunos do Curso.

Entre as religiões abordadas estarão o cristianismo – como as igrejas católica e evangélica com suas variadas ramificações –, o islamismo, o hinduísmo, o budismo, o judaísmo e outras menos conhecidas pelos brasileiros, como xintoísmo e confucionismo.

Espero que goste.
Sugestões, críticas e colaborações, entre em contato: jornalismo.agexp@ubm.br

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Como a Televisão influencia sua vida?



Professores do UBM analisam a programação da telinha e contam suas expectativas sobre a TV Digital


Thereza Gerhard


"Senhoras e senhores telespectadores, boa noite”. Assim Yara Lins iniciou o primeiro programa de televisão da América Latina pela Rede Tupi, no dia 18 de setembro de 1950. Assim fora apresentada ao Brasil a primeira transmissão televisiva. As imagens, ainda em preto e branco, eram complementadas por um mundo de sons. Porém, com mais dinamização que o cinema, num aparelho que cabia dentro de casa e nos mostrava o cotidiano ou o espetáculo. Hoje, depois de várias experiências, imitações, reinvenções de programas, telejornais, novelas e seriados, a televisão merece ser discutida. Há quem acredite que ela é um meio de comunicação de massa ou um fenômeno cultural. Há os que a consideram banal ou formadora de opinião. Qual será a importância e o nível de influência que a televisão exerce sobre a população brasileira?


Vida Privada na tevê

O momento em que a sociedade e a televisão vivem, segundo a professora Marlene Fernandes, é de exposição da vida privada. Programas como o Big Brother, Ídolos, Super Nanny e Aprendiz mostram pessoas comuns para o telespectador comum. De acordo com a professora, estes formatos não possuem criatividade, mostram o óbvio e apenas empobrecem a população. Isso reflete, segundo a estudiosa, a crise da sociedade contemporânea.

A televisão deveria ser um meio cultural de grande importância. No entanto, no Brasil ela atende a um objetivo muito mais comercial do que de utilidade pública. Para Marlene, o telejornalismo brasileiro é útil, dito “neutro”, mas sem profundidade. “Até os comentaristas apenas repetem o que o repórter relatou na matéria”, diz.

Para Marlene, é necessário pagar para obter qualidade. “Na TV a cabo ou por assinatura há programas inteligentes e criativos como o Saia Justa, com Mônica Waldvogel, e Globo News Painel, com William Waack”. Na TV aberta, Marlene arrisca dizer que só as minisséries de época são assistíveis. “Não levam à reflexão, porém são bem produzidas”, analisa. O professor de telejornalismo, Fernando Pedrosa, cita outros programas que considera de qualidade: Canal Livre, da Band; Roda Viva, da TV Cultura; Altas Horas, com o apresentador Serginho Groisman e a minissérie Pedra do Reino baseada na obra literária de Ariano Suassuna, ambos da Rede Globo.

Com a TV Digital, a professora acredita que novos caminhos se abram e haja uma segmentação criativa importante. E com a possibilidade das televisões abertas possuírem mais de um canal digital, Marlene torce para que não se amplie “a mediocridade reinante”.


Se está dando audiência para que mudar?

Pedrosa acredita que num país onde se lê pouco, a televisão e o rádio possuem papéis fundamentais como fontes de informação e veículos de formação de opinião. “É interessante verificar que mesmo com um nível cultural baixo, os brasileiros não são desinformados”, declarou. Uma das qualidades da tevê é justamente esta: permitir o acesso à informação independente do poder aquisitivo dos espectadores.

Porém, o professor adverte que para confiar na informação transmitida pela televisão é necessário lembrar que, como qualquer outro veículo de comunicação, ela segue a linha editorial de cada emissora e o conteúdo será transmitido de acordo com os interesses da mesma.

O telejornalismo brasileiro, ainda de acordo com Fernando Pedrosa, é feito com qualidade. No entanto, alguns casos como o acidente da TAM e do World Trade Center deixam claro que as emissoras têm dificuldade de lidar com acontecimentos inesperados. “A mídia engoliu barriga (veiculou um fato falso, mas sem intenção de enganar o telespectador; uma mancada) e não soube identificar nem informar o que realmente aconteceu”, afirmou.

Pedrosa também faz uma análise da TV Digital: “A expectativa é de que a televisão inove muito mais e novas fórmulas sejam testadas”, disse. Por enquanto, para ele, a TV por assinatura ainda é a melhor opção porque é mais segmentada e possui variedade de atrações. A TV aberta não difunde a cultura e é, praticamente, imexível: “Se está dando audiência, para que mudar?”, salienta.


Matéria publicada na edição 43 do Informativo Entrelinhas.
Ilustração publicada no site Salvation que traz um texto crítico sobre a tevê.

O outro lado

Palavra de um amante da TV


Thereza Gerhard

Em entrevista ao Observatório da Imprensa, o professor da USP e da PUC/SP Arlindo Machado disse que os teóricos da comunicação acostumaram as pessoas a encararem a televisão como um meio popularesco, "de massa" no pior sentido possível da palavra, e, ainda de acordo com ele, isto impediu que fossem analisadas experiências poderosas e fundamentais para inserir esse meio no panorama da cultura. “A despeito de todos os discursos popularescos e mercadológicos que tentaram e ainda tentam explicá-la, a televisão acumulou um repertório de obras criativas muito maior do que normalmente se supõe, um repertório suficientemente denso e amplo para que se possa incluí-la sem esforço entre os fenômenos culturais mais importantes de nosso tempo”, afirmou.

Arlindo Machado, declarou ser apaixonado por televisão. Há muita programação ruim na telinha, mas para ele, ainda há vida inteligente por lá. Alguns exemplos de pessoas com criatividade e senso crítico são: Marcelo Tas, Maurice Capovilla, João Moreira Salles, Sandra Kogut, Walter Salles, Paulo Morelli, Guel Arraes, Dario Vizeu, Pedro Vieira, Walter Avancini, Cristina Fonseca, Eder Santos, Cláudio Manuel, Astrid Fontenelle, Soninha. A fim de sair da banalidade e curtir programas de qualidade é preciso apenas selecionar. “O espectador de cinema escolhe o filme que vai ver antes de sair de casa, o leitor de romances escolhe o livro que vai ler, por que então o espectador de televisão não deveria selecionar o que vai entrar no seu aparelho?”, questiona. Vale a pena sentar em frente à tevê e zapear à procura de um programa interessante antes de falarmos mal dela.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Interesse Coletivo

"O que interessa ao público nem sempre é de interesse público".
Ricardo Noblat

Balanço da semana

Ponto negativo: reportagem sobre alguns alunos do curso não foi bem aceita. Só os personagens da matéria se empolgaram em aparecer no Informativo.

Ponto positivo: idéias novas chegando para as próximas edições.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Amizade



Thereza Gerhard


Amigo de trabalho, de escola, de faculdade, de república, da rua, da igreja, da vida. Amizade de balada, de confiança; de contar a vida, os segredos, as novidades. Amigo-conhecido, amigo-amigo, amigo-companheiro. Amigo que divide as contas e também os rolos, amigo que ri junto, que chora, que se diverte, amigo que dá conselhos, que briga, que dá bronca, que é quase mãe, irmão, amor. Por que não?
Amigo está ao lado para tudo. Amigo, mesmo longe, lembra. Amigo é aquele que mesmo com vontade de ir para casa, o espera para lhe dar carona. Amigo é aquele que lhe levanta depois de você cair de um palco, na frente de todo mundo. Amigo é quem fica em silêncio com você depois que você termina um namoro, um casamento. Amigo tem saudade; amigo ri das suas palhaçadas; amigo fala na sua cara que você é feio, que não está bom, que você está errado. Amigo é aquele que você pode contar para tudo e tudo.
Amiga é aquela que deixa você ficar com aquele menino, mesmo apaixonada por ele. E só lhe conta isso quando vocês terminam o namoro. Amiga liga e fica horas ao telefone. Amiga é aquela que lhe escuta e deixa você desabafar. Amiga é aquela que está com você quando você mais precisa e não pergunta, abraça. Amiga lhe empresta roupas, ombros, livros, dvds e colo. Amiga é aquela que reza para você se dar bem. É aquela que se revolta quando alguém faz mal a você.
Amizade é aquela que dura, quando o amor vai embora. Amigos são amigos e ponto. Amigos não têm porquê, não têm motivo, não têm razão para serem. Simplesmente são.


Crônica publicada para o Dia da Amizade - 20 de julho. Entrelinhas, ed. 42.
Ilustração - Mia Antunes - Olhares.com

Entrelinhas

Sou Thereza Gerhard, estudante de jornalismo do UBM e trabalho para a AGEXP - Agência Experimental de Jornalismo - onde sou a responsável pelo Informativo Entrelinhas produzido para os alunos de Comunicação Social.
Decidi fazer este blog para publicar algumas matérias que escrevo para o jornal, fazer um balanço do que acredito ser positivo e negativo no conteúdo e na aceitação do informativo e abrir um espaço para sugestões, críticas e envio de textos de colaboradores. Entre em contato pelo e-mail: jornalismo.agexp@ubm.br

Espero que vocês gostem dos textos e da tentativa de aprimoramento permanente do jornal Entrelinhas.