quarta-feira, 30 de abril de 2008

Imagem não é tudo

Patrícia Rapôso

Seduzir, influenciar. Esses quesitos são importantes na publicidade, principalmente quando o assunto abordado é a redação. Ela consiste em produzir textos criativos para persuadir o leitor a consumir determinado produto, marca ou serviços e, também, sustentar a idéia transmitida pelas imagens.

Segundo a professora de Língua Portuguesa, Beatriz Pacheco, a grande diferença entre um texto publicitário e os textos tradicionais é a concisão. “O redator tem que colocar muitas idéias em poucas palavras. Precisa usar a criatividade e a inovação, diferente de outros textos como, por exemplo, o jurídico”, diz.
Os universitários também possuem uma opinião formada sobre o assunto. Para a aluna do 7° período de Publicidade, Nayla Andrade, o maior desafio do redator publicitário é encontrar elementos que não façam o texto ficar cansativo. Já para a estudante Ana Paula Elis, também do 7º período, a dificuldade é outra. “Acho que o grande desafio é adaptar o texto ao seu público-alvo. Utilizar a linguagem adequada, com certeza, conta muito”, afirma.
A publicitária Lúcia Alvez, prestadora de serviços da editora Novo Mundo Cultural, de Resende, e ex-aluna do UBM, assegura que até mesmo profissionais atuantes do mercado encontram dificuldade em produzir um texto. “A grande questão é encontrar a linguagem certa para ser direcionada a cada público”, diz.
Para que um texto tenha qualidade e fique claro aos olhos do consumidor, é preciso que o redator tenha conhecimento. É o que diz o professor de Publicidade, Magno Carvalho. “O redator deve ler bastante, devorar o máximo de cultura possível, porque precisa saber como se comunicar com grupos distintos. Ele tem o desafio de propor de maneira criativa essa comunicação, tendo como limites o briefing, o público-alvo e a estratégia definida”, argumenta.
ÚLTIMA IMPRESSÃO É A QUE FICA
Celso Figueiredo

Em seu segundo livro pela Thomson, o professor, pesquisador e consultor em comunicação Celso Figueiredo mergulha no inexplorado campo do fecho das mensagens. Traçando um panorama da evolução da redação publicitária, estabelecem-se distinções estratégicas e teóricas para assinaturas de campanha, slogans e bordões. O livro analisa em profundidade quais as funções comunicativas de cada um dos elementos e traça um interessante quadro evolutivo destes. Leitura fundamental para redatores e estudantes de publicidade que buscam aumentar a eficiência de suas campanhas publicitárias utilizando as ferramentas certas para cada necessidade de comunicação, o livro mostra que, ao contrário do ditado, a última impressão é a que fica.

REDAÇÃO PUBLICITÁRIA - SEDUÇÃO PELA PALAVRA
Celso Figueiredo


"Redação Publicitária: Sedução pela Palavra" apresenta, de forma clara e objetiva, as estratégias de persuasão utilizadas pela publicidade. Desconstrói o anúncio examinando as características de cada um de seus elementos e analisa todos os tipos de anúncio ao mesmo tempo em que correlaciona os aspectos da redação publicitária aplicada a cada uma das mídias. Propõe o uso de diferenciadas estratégias de mensagem para cada situação de comunicação, pois, como afirma o jornalista Matinas Suzuki Jr. ao prefaciar este livro: "A comunicação moderna se tornou fragmentária e complexa. Não se pode mais pensar em publicidade apenas intuitiva, fruto da inspiração pura. É necessário conhecer os conceitos, as técnicas e o contexto que levam às palavras certas para a comunicação certa". Ao levar em consideração as estratégias de persuasão do texto publicitário, o autor utiliza-se também das cores e dos elementos visuais como recurso didático, despertando no leitor a consciência da importância de se fazer a leitura de campanhas/anúncios atendo-se não apenas ao texto, mas, também, à imagem.

REDAÇÃO PUBLICITÁRIA
João Anzanello Carrascoza

Ideal para profissionais e estudantes da área de propaganda, publicidade e comunicação. Livro de adoção para as disciplinas de Redação Publicitária, Teoria e Técnica de Publicidade e Linguagem Publicitária. Redação publicitária não é apenas um livro-texto, mas também e sobretudo um referencial para qualquer pessoa que se comunica.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Caso de Isabella Nardoni: A posição da mídia e da sociedade

Mayara Campbell e Patrícia Rapôso

O caso Isabella Nardoni tem gerado polêmicas. A principal delas gira em torno da autoria do crime, que resultou na morte da menina, em São Paulo. Para a polícia, não há duvidas: a madrasta Ana Carolina Jatobá teria enforcado a vítima. E o pai, Alexandre, atirado a própria filha pela janela do apartamento. Os advogados de defesa do casal, por sua vez, sustentam que ele é inocente. Já a policia continua apostando na acusação. Para a mestra em Educação e Cultura, Marlene Fernandes, a mídia tem que ter muito cuidado ao abordar esses tipos de casos, e não pode pré-julgar ninguém.

- Do ponto de vista da sociedade democrática, nenhuma pessoa pode ser julgada, sem antes sair a declaração da Justiça. Mas a revolta faz com que a sociedade fique abalada e, dessa maneira, julga sem provas concretas – argumenta.

Para Marlene, a mídia está tendo mais cuidado ao lidar com o Caso Isabella: "Na década de 80, não houve o mesmo tato no caso da Escola de Base, quando seus proprietários foram acusados de abusar sexualmente de crianças. Na ocasião, a mídia espetacularizou a falsa denúncia e, sem nenhuma prova, lançou manchetes reproduzidas como se fosse uma onda espalhada pelo país", lembra.

A mídia também está massacrando a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira: "Estão tratando-a como se fosse uma celebridade. Um repórter chegou a perguntar se ela pretendia casar e ter filhos novamente. Para mim, isso é um absurdo, porque a relação dela com o caso não tem nada a ver com sua vida pessoal", salienta Marlene. A professora entende que a postura da mãe de Isabella é totalmente aceitável. "Ela está esperando que a justiça seja feita, para que, assim, siga sua vida e consiga lidar melhor com a dor da perda", analisa.

A coordenadora do Curso de Comunicação Social, Ana Lúcia Corrêa de Souza, acredita que a imprensa está fazendo o que precisa ser feito. "Se o papel da mídia for registrar os fatos oficiais, ela não está sendo sensacionalista", afirma. No entanto, a coordenadora diz que houve uma repressão sobre a abordagem do caso. "A imprensa mudou um pouco a forma de divulgar (o caso), por conta da observação de alguns setores - Observatório da Imprensa - para que não se repita o caso da Escola Base", adverte.

Ainda de acordo com a coordenadora, esse é um caso em que os jornais deveriam fazer uma investigação independente. "Eles poderiam contratar peritos para fazer testes e comparar com os resultados oficiais, divulgados pela polícia", diz.

As investigações sobre o crime continuam em andamento e a polícia pode pedir a prisão preventiva do casal a qualquer momento.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Conar determina novas regras para publicidade de bebidas alcoólicas

Patrícia Rapôso

Já estão em vigor – desde quinta-feira passada, dia 10 - as novas determinações do Conar (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária), no que diz respeito à publicidade de bebida alcoólica no Brasil. De acordo com as novas regras, os publicitários deverão ter mais cautela ao produzir campanhas de bebidas.

A partir de então, está proibido o apelo excessivo para o consumo do álcool, assim como a oferta exagerada dos produtos. Além disso, o abuso da sensualidade nos comerciais e a associação do consumo de bebidas à coragem, sucesso e poder de sedução estão vedadas. Os comerciais não conterão cena, ilustração, áudio ou vídeo que apresente ou sugira ingestão do produto e, a veiculação em TV, aberta ou fechada, será liberada no período entre 21h30 às 6h00.

Propagandas com mulheres semi-nuas não são mais permitidas

A conhecida frase “beba com moderação” também ganhará novas variações. “Quem bebe menos se diverte mais” e “Não exagere no consumo” serão os novos slogans para advertir o consumidor quanto ao excesso do álcool.
Segundo o professor de Publicidade Afrânio Moutinho, as restrições não vão prejudicar a criação de campanhas. “A propaganda sempre vai arrumar um jeito de driblar essas imposições. Os apelos serão outros”, afirma.

O professor acredita, também, que essas determinações não diminuirão consumo de bebidas. “As pessoas não bebem apenas por verem uma propaganda. Não vejo que isso vá influenciar em alguma coisa”, finaliza.
Confira aqui as novas restrições.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Como a mídia aborda assuntos polêmicos?

Casos como a da menia Isabella Nardoni abrem a discussão sobre o papel da imprensa em assuntos de repercussão nacional

Mayara Campbell e Paola Fajonni

É fácil encontrar em qualquer meio de comunicação a abordagem de casos polêmicos ou contraditórios. Mas a forma que a mídia trata tais casos é certa ou errada? Há a intenção real de informar ou é puro sensacionalismo? Seis pessoas foram entrevistas e deram suas opiniões a respeito, tomando como exemplo o modo como está sendo noticiado a morte de Isabella Nardoni, que caiu do sexto andar do prédio onde morava no último dia 29.


Renata Almeida, 23, estudante do 8º período de Fisioterapia do UBM
“A morte de Isabela não está tendo uma abordagem errada, mas apenas o pai da menina está tendo a atenção da mídia. Não há abertura para a análise de outras possibilidades no caso”.


Elaine de Sousa Torres, 39, dona de casa
“A imprensa aproveita de casos como esse, ‘martelando’ em uma mesma informação. Mas, por um lado, ajuda a instigar a investigação, porque põe pontos que podem abrir espaço para outras possibilidades (no caso)”.


Duany Alves da Silva, 20, auxiliar administrativa da secretaria do UBM
“Há um pouco de sensacionalismo no caso, e a mídia ganha com isso, mas é preciso averiguar o que acontece. Ela (a mídia) forma uma opinião para os outros, passando a impressão de algo que talvez não tenha acontecido. A polícia poderia restringir um pouco mais certas informações, pois já estão culpando o pai da menina.”

Fernando Antonio Cabral de Sousa Junior, 26 anos. Professor universitário do UBM.
“Em alguns casos a mídia é sensacionalista. Valoriza coisas sem grande importância”.


George Felipe da Silveira Cezar, 23. Cursa o 8º período do Curso de Fisioterapia.
“Eu acho justo a forma como a mídia aborda esses casos polêmicos. Eles estão tentando colher os fatos para a população tirar suas próprias conclusões”.

Nathália Novaes, 21. Cursa o 7º período do Curso de Nutrição
“Acho correta a maneira que a mídia expõe esses casos, porque a população tem que ficar informada. Mas a mídia também é sensacionalista, pois os meios de comunicação de massa arrumam uma maneira de se favorecerem através desses casos polêmicos”.
Fotos: Mayara Campbell

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Proposta de deputado gera polêmica entre profissionais de Comunicação

Patrícia Rapôso

O deputado federal Beto Mansur (PP-SP) apresentou, no final de 2007, um substitutivo ao projeto Lei nº 1.337, de autoria do ex-deputado federal Wladimir Costa (PMDB-PA), que extingue o registro provisório de radialista. O substitutivo determina que outras funções, até então desenvolvidas apenas por jornalistas, devam ser incorporadas ao profissional do rádio. Entre elas, está a apresentação de programas de rádio e TV, fotografia, cenografia e edição de programas.

Essa discussão chama a atenção dos profissionais de Comunicação já que, se for aprovada, trará mudanças significativas para a área. Segundo o radialista Dário de Paula, da 88 FM, de Volta Redonda, o rádio tem uma função importante para a população, que é informar, educar e transmitir cultura. “Sou favorável à lei, desde que o profissional passe por um banco de faculdade. Algumas pessoas acabaram depreciando a importância do rádio por não terem uma formação qualificada”, argumenta.

Já para o jornalista e professor Álvaro Britto, a medida privilegia outros setores. “Ela atende muito mais aos interesses dos empresários do setor de radiodifusão do que aos jornalistas”, comenta. Outro fator que deve ser levado em conta são os direitos dos trabalhadores. Ainda de acordo com Álvaro, o substitutivo abre espaço para maior exploração dos profissionais. “O jornalista vai passar a ter outra representação sindical e haverá um retrocesso nos direitos dos profissionais da área”, diz.

A medida será discutida hoje na Câmara dos Deputados, com a presença do presidente da Fenaj, Sérgio Murillo, e o da Fenaert (Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão), Ary Cauduro dos Santos. Também estarão presentes o coordenador da Federação Interestadual de Trabalhadores de Radiodifusão (Fitert), Antônio Carlos de Jesus Santos, o coordenador do Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), Murilo César Ramos, e o jornalista José Maria Trindade, da Rádio Jovem Pan, de Brasília.


Confira agora a proposta do deputado Mansur


COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICAPROJETO DE LEI Nº 1.337, DE 2003


Acrescenta parágrafo único ao art. 7º da Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, que "dispõe sobre a regulamentação da profissão de Radialista e dá outras providências", a fim de proibir a concessão de registro provisório. Autor: Deputado WLADIMIR COSTA Relator: Deputado BETO MANSUR


I - RELATÓRIO


O Projeto de Lei nº 1.337, de 2003, apresentado pelo ilustre Deputado WLADIMIR COSTA, modifica a regulamentação profissional do Radialista, estabelecida na Lei nº 6.615, de 1978, vedando a concessão de registro provisório para exercício da atividade. A matéria foi enviada a esta Comissão para exame do seu mérito, nos termos previstos pelo art. 32, inciso III, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Transcorrido o prazo regimental, não foram oferecidas emendas à mesma.


II - VOTO DO RELATOR


A iniciativa ora submetida ao exame desta Comissão pretende eliminar o instituto do registro provisório. Inexistente na Lei nº 6.615, de 1978, foi previsto no decreto que a regulamentou. Trata-se de recurso admitido, à época em que a regulamentação foi aprovada, para viabilizar a regularização de profissionais que já vinham atuando no mercado ou que nele iniciavam suas atividades.Destaque-se que, nos anos setenta, a radiodifusão experimentava rápida expansão e demandava um contingente de profissionais de várias denominações,inexistindo cursos adequados para formá-los.


Hoje a realidade do mercado é inteiramente diferente. Os sindicatos da categoria promoveram a implantação de cursos profissionalizantes para preparação daqueles que desejassem exercer a atividade. Graças a tal esforço, o País está dotado de adequada infra-estrutura de instituições que formam e treinam profissionais em número amplamente superior ao necessário para atender à demanda do mercado.


Paralelamente, as entidades profissionais, nos congressos da categoria, tomaram sucessivamente posição contrária ao registro provisório, conclamando à sua extinção. Cabe lembrar, enfim, que o perfil da própria comunicação social modificou-se substancialmente nas últimas décadas. Além de evoluir em atividade tecnicamente complexa e diversificada, sua função social foi amplificada, tornando-a aliada indispensável da nossa democracia. Exige-se hoje, dos profissionais de rádio e televisão, não apenas qualificação e postura profissional, mas também sensibilidade social e compromisso ético no exercício de suas funções. Uma adequada formação enseja, pois, maior produtividade, melhor qualidade e maior envolvimento com o resultado final veiculado pela mídia, que assim exerce plenamente o papel que dela se espera.


Concordamos, pois, com a iniciativa, que de forma simples e efetiva, irá eliminar um dispositivo regulamentar que se tornou desnecessário e prejudicial à categoria.


Ademais, entendemos que essa modernização da mídia requer uma atualização das várias denominações de cargos e funções previstas na lei original. Por tal razão, aproveitamos para adequar a nomenclatura da Lei nº 6.615, de 1978, à atual realidade de mercado, o que fazemos na forma de Substitutivo de nossa autoria.


O nosso VOTO, portanto, é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 1.337, de 2003, na forma de SUBSTITUTIVO que ora oferecemos.
Sala da Comissão, em de de 2007.

Deputado BETO MANSUR


Relator


COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 1.337, DE 2003


Modifica a Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, que "dispõe sobre a regulamentação da profissão de Radialista e dá outras providências", atualizando as atribuições da categoria e vedando a concessão de registro provisório.


O Congresso Nacional decreta:


Art. 1º Esta lei modifica a Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, que "dispõe sobre a regulamentação da profissão de Radialista e dá outras providências", atualizando a descrição das atividades admitidas no exercício profissional da categoria e vedando a concessão de registro provisório.


Art. 2º O art. 7º da Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, passa a vigorar aditado do seguinte parágrafo:"


Art. 7º............................................................................Parágrafo único. É vedada a concessão de registro provisório para o exercício daprofissão de que trata esta lei. (NR)".


Art. 3º O art. 4º da Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 4º A profissão do radialista compreende o exercício habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades:

I - Atividades de direção, supervisão e administração especializada, peculiares às empresas de radiodifusão.

II - Atividades de produção de notícias e programas, relacionadas com:
a) Direção e supervisão da programação de rádio e televisão.
b) Autoria e interpretação de conteúdo audiovisual e de programas de rádio e televisão.
c) Redação e apresentação de notícias, elaboração de comentários, supervisão, redação e produção de programas de conteúdo jornalístico e noticiosos, inclusive esportivos, para o rádio e televisão, alcançando as funções de:
1) Repórter noticiarista, abrangendo a leitura e apresentação de programas noticiosos.
2) Repórter de rádio e televisão, abrangendo o registro e a narração de fatos, a produção e realização de entrevistas e a análise de eventos para o rádio e a televisão.
3) Apresentador de programas de rádio e televisão.
4) Comentarista de rádio e televisão.
5) Cronista de rádio e televisão.
6) Repórter cinegrafista e fotográfico.
7) Edição de programas
8) Dublagem
9) Cenografia.

III - Atividades técnicas de:
a) Direção e supervisão técnica.
b) Registro sonoro e audiovisual.
c) Tratamento, edição, armazenamento e preservação de registros e seus suportes, inclusive com o uso de tecnologiadigital.
d) Montagem.
e) Animação e arte.
f) Produção de cópias.
g) Manutenção técnica de equipamentos de rádio e televisão.
Parágrafo único. A regulamentação da lei detalhará as denominações e descrições em que se desdobram as atividades mencionadas neste artigo. (NR)"

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, em de de 2007.

Deputado BETO MANSURRelator

terça-feira, 8 de abril de 2008

Aluna do 1º Período pratica pirofagia em Resende


Yaciara Nicolau

Mariana Bossan, 20 anos, é aluna do 1º Período do curso de Comunicação Social. Divide seu tempo entre três empregos, além das aulas. O dia se torna curto para ela, em razão das tantas atividades que pratica. Como se não bastasse, a estudante ainda se apresenta com malabares e pirofagia (cospe fogo, como espetáculos circenses), uma atividade pouco comum. As apresentações começaram no ano passado, quando entrou para “Oficina de Idéias” (em Resende), em um trabalho voluntário promovido pela Fundação Casa de Cultura local.

Mariana praticando pirofagia

Mariana conta que os pais ficaram um tanto assustados, quando começou a se encantar pela pirofagia. Mas, com o tempo, perceberam que não era perigoso. ”Nunca me feri. Tive aulas com um profissional treinado, que me ensinou algumas técnicas”, diz ela.


Durante o dia, a estudante ainda trabalha como professora particular de inglês e, nos finais de semana, como recepcionista. Para os estudos, ela utiliza as madrugadas, depois que chega da faculdade. O interesse pelo curso de Comunicação começou quando ainda estava na 8ª série do Ensino Médio. A princípio, pretendia fazer, especificamente, Produção Editorial. Porém, agora, ela se diz mais inclinada para o Jornalismo.


Segundo Mariana, o trabalho com a pirofagia chama muita a atenção dos jovens. Por isto, mesmo depois de formada, ela não pretende abandonar tal atividade.

Mariana durante apresentação

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Dia do Jornalismo é comemorado hoje

Paola Fajonni

Hoje é comemorado o dia do jornalismo. A data, frequentemente confundida como dia do jornalista, em 29 de janeiro, é festejada junto com o aniversário de cem anos da fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Apesar de ser uma data festiva, não há muito o que celebrar, de acordo como jornalista e professor Álvaro Britto. Segundo ele, deve-se lamentar, tendo em vista os últimos acontecimentos, como a recente demissão de Paulo Henrique Amorim do Portal IG e a morte de Sérgio de Souza (em 25 de março), um dos fundadores da revista Caros Amigos.

Com relação à alteração da Lei de Imprensa, a jornalista Flávia Resende, editora da Folha do Interior, diz que é favorável. "A suspensão de alguns artigos foi uma boa mudança. A Lei era antiga, criada no perído militar, onde havia a questão de sempre preservar a informação a favor do poder da época. Mas ainda há muita coisa para ser discutida sobre isso", salienta.

O jornalismo é uma área onde se manter bem informado é essencial, pois só assim é possível informar aos outros. para a jornalista Madalena Venâncio, editora do jornal A Voz da Cidade, jornalismo é também "trabalhar para o próximo". A pesar de, às vezes, ter que lidar com situações desagradáveis como morte e violência, ela dis gostar da profissão. "Você escreve para um público, divulgando informações. Isso é doar seu trabalho", comenta, parecendo satisfeita em manter as pessoas atualizadas sobre os acontecimentos.

Apesar de ser uma atividade em que o profissional geralmente passa despercebido, o jornalismo desperta grande interesse. Hoje, segundo o MEC, há cerca de 356 cursos de graduação na área, em todo o Brasil. E o número cresce a cada ano. Talvez com isso, algum dia, um feriado seja declarado em 7 de abril.

Confira agora, na íntegra, o comunicado que entidades ligadas à imprensa divulgaram hoje.

“Hoje nós somos a pauta, em defesa da liberdade de imprensa e da democracia na comunicação

Conscientes da sua função social, na qual se destaca a responsabilidade de defender o direito do cidadão à informação de qualidade, ética, plural e democrática, os jornalistas brasileiros comemoram o 7 de abril reafirmando as grandes lutas que, ultimamente, têm marcado a nossa pauta: a exigência de uma nova Lei de Imprensa e do fim da violência e ataques contra as liberdades de expressão, do jornalismo e dos jornalistas; a construção de uma Conferência Nacional de Comunicação com participação da sociedade; a garantia das conquistas da categoria e o avanço na valorização da profissão.

Ratificamos a necessidade imperiosa de uma nova Lei de Imprensa em substituição a um dos entulhos da ditadura, a Lei 5.250 que já existe há 40 anos e além de ultrapassada, não atende aos interesses do jornalismo, da categoria e da sociedade. A FENAJ e seus 31 Sindicatos filiados defendem a imediata aprovação do PL 3.232/92, o chamado substitutivo Vilmar Rocha, que dorme na Câmara dos Deputados há mais de 10 anos, pronto para a votação em plenário desde agosto de 1997.

Conclamamos outras entidades representativas da sociedade e a categoria dos jornalistas como um todo para aderirem à campanha que a Federação e os Sindicatos dos Jornalistas já desenvolvem, com o objetivo de sensibilizar o Congresso Nacional e os parlamentares federais em cada estado para a urgência de revogar a lei atual e substituí-la por uma nova e democrática Lei de Imprensa.

Acreditamos que a aprovação desta nova Lei faz parte das nossas lutas-maiores pela liberdade de imprensa e democracia na comunicação no Brasil, que vêm sofrendo ataques através das mais diversas formas de violência contra o jornalismo e os jornalistas: censuras e cerceamentos econômicos, políticos, sociais e morais externos ou pelos patrões, intimidações, perseguições, assédios judiciais, agressões verbais e físicas por agentes públicos e privados descontentes com a cobertura jornalística sobre seus atos e interesses.

Reafirmamos que igualmente é nossa tarefa cotidiana - e na qual também colocamos imenso empenho - construir a realização de uma Conferência Nacional de Comunicação ampla, democrática, com efetiva interferência da população brasileira. Uma Conferência que envolva representação da sociedade civil, do governo e do empresariado, com três eixos temáticos: meios de comunicação, cadeia produtiva e sistemas de comunicação.

Neste 2008, quando celebramos 200 anos de imprensa no Brasil, 70 anos da nossa primeira regulamentação profissional, 100 anos de fundação da ABI e 90 anos do primeiro congresso nacional da categoria, também assinalamos como agenda diária dos jornalistas a denúncia do arrocho salarial, do desemprego e da precarização das relações trabalhistas e a reivindicação de melhores condições de trabalho. Com o mesmo peso, pautamos a defesa da obrigatoriedade da formação universitária especifica, um dos pilares da nossa regulamentação, e da constituição de um Conselho Federal dos Jornalistas que, como os demais conselhos profissionais existentes no país, garanta à nossa categoria a auto-regulação da profissão.

A FENAJ e seus Sindicatos, neste 7 de abril de 2008, nosso Dia, parabenizam os jornalistas do Brasil - profissionais e professores -, além dos estudantes de jornalismo. Celebramos com vocês e com a sociedade, cujo direito à informação é a razão maior das nossas grandes e pequenas lutas, as vitórias já alcançadas ao longo destes 200 anos de imprensa no país. Ao mesmo tempo, fazemos uma convocação: pelo papel social desempenhado pelo jornalismo e jornalistas, continuemos firmes nas batalhas pelo fortalecimento e valorização da profissão, pela liberdade de imprensa e democracia na comunicação.

Brasília, 7 de abril de 2008.

FENAJ Federação Nacional dos Jornalistas
Sindicato dos Jornalistas do Acre
Sindicato dos Jornalistas de Alagoas
Sindicato dos Jornalistas do Amapá
Sindicato dos Jornalistas do Amazonas
Sindicato dos Jornalistas da Bahia
Sindicato dos Jornalistas do Ceará
Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal
Sindicato dos Jornalistas de Dourados
Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo
Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro
Sindicato dos Jornalistas de Goiás
Sindicato dos Jornalistas de Juiz de Fora
Sindicato dos Jornalistas de Londrina
Sindicato dos Jornalistas do Maranhão
Sindicato dos Jornalistas do Mato Grosso
Sindicato dos Jornalistas do Mato Grosso do Sul
Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais
Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro
Sindicato dos Jornalistas do Pará
Sindicato dos Jornalistas da Paraíba
Sindicato dos Jornalistas do Paraná
Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco
Sindicato dos Jornalistas do Piauí
Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte
Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul
Sindicato dos Jornalistas de Rondônia
Sindicato dos Jornalistas de Roraima
Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina
Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Sindicato dos Jornalistas de Sergipe
Sindicato dos Jornalistas de Tocantins”