sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Luta pela defesa do diploma de jornalismo cresce no país

Paola Fajonni

A obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista foi um assunto bastante comentado nos últimos meses. Movimentos, contra ou a favor, foram criados, e a Campanha Nacional para a manutenção da exigência do diploma recebe cada vez mais adesões e apoios importantes. Um deles é o da senadora Rosalba Ciarlini (DEM/RN), membro titular da Comissão de Educação do Senado.Segundo o site da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), “ao declarar seu apoio, a senadora argumentou que o Jornalismo é uma profissão fundamental à sociedade e por tamanha importância, exige qualificação”. Ela entende que “essa área exige profissionais tecnicamente preparados e, principalmente, éticos. E essa formação se consegue na academia”, ressalta.Além disso, ações e debates sobre o tema continuam a acontecer pelo país, acompanhadas do lançamento do livro “Formação Superior em Jornalismo – Uma exigência que interessa à sociedade”. A próxima cidade a sediar o lançamento será Curitiba, em 10 de dezembro, onde também acontecerá um debate com diretores da FENAJ e do Sindicato dos Jornalistas.Informações sobre a Campanha Nacional podem ser obtidas em http://www.fenaj.org.br/diploma.php, e o livro em http://www.fenaj.org.br/livro.pdf.

Pesquisa aponta os veículos de comunicação preferidos pelos publicitários

Ana Cláudia Gonçalves

Uma pesquisa realizada recentemente apontou os veículos de comunicação com mais prestígio entre os profissionais do mercado publicitário. Entre eles, a Folha de São Paulo que alcançou o topo do ranking, entre os jornais. Os indicativos que justificam este resultado estão na preocupação do jornal em divulgar notícias e assuntos diretamente ligados ao meio publicitário, a realização do Prêmio Folha – UOL de Mídia e Prêmio Folha/ Meio e Mensagem. Segundo o professor de Publicidade e Propaganda Afrânio Moutinho, o incentivo aos profissionais e espaço cedido pela Folha para a área de publicidade são mais abrangente, com relação à concorrência. “A Folha de São Paulo sempre busca abordar assuntos de interesse com temas variados, voltados para ética, legislação, prêmios e tendências.”, enumera. Afrânio comentou ainda sobre a preocupação da empresa com os aspectos visuais do jornal. - Em 1996, ela sofreu uma reestruturação em sua diagramação. Essa transformação, apesar de ter acontecido há 12 anos, mantém-se atualizada. Além do que, esse cuidado com a aparência do jornal reflete não só no meio publicitário, mas na Comunicação em geral”, salientou. Atrás da Folha, aparece o Estadão, que liderou a pesquisa durante dois anos. O Globo assumiu a terceira posição, ultrapassando o Valor Econômico. A Gazeta Mercantil ficou em quinto lugar. Em rádio, a CBN continua liderando, seguida pela Eldorado, Bandnews, Jovem Pan, Bandeirantes e Rádio JB. No ranking entre as TVs, a Rede Globo manteve sua liderança e a Record assegurou a segunda colocação. Na pesquisa realizada no ano passado, a TV Cultura que dividira a vice-liderança com a Record, agora ficou em terceiro lugar. A Bandeirantes veio em quarto, empatada com a MTV. Para Afrânio “a forma como a Globo faz as produções acaba sendo o diferencial. A audiência permite que ela esteja sempre em primeiro lugar.”

Impressos perdem mais espaço para Web

Ana Cláudia Gonçalves

Nas últimas semanas o mercado de Comunicação começou a sentir os efeitos da crise financeira. Segundo Consultor de Informação para Mídia Digital, Bruno Rodrigues, pelo menos duas grandes empresas (uma brasileira e outra francesa) cortaram todos os seus veículos impressos migrando seus conteúdos para web.

Nos EUA, a tradicional revista “PC Magazine” terá seu último número em janeiro. A partir daí, apenas o novo site “pcmag.com” disponibilizará os conteúdos da revista. Aqui no Brasil, a Editora Azul interrompeu as edições das revistas Terra, Dom, SKT, Speak Up e Habla. Todo o conteúdo será movido para um único portal.

Para o jornalista e professor do UBM Nilo Sérgio Gomes, titular da cadeira de Projetos Experimentais, a crise não é a causa de os impressos estarem perdendo espaço para web. “Creio e percebo que o chamado jornalismo eletrônico, via internet (com celular, MP4 e outros chips), vem ganhando cada vez maior audiência e, por conseguinte, espaço em razão de sua velocidade e presteza”, analisou. Apesar disso, Nilo acredita que o jornalismo impresso ainda permanecerá por um longo tempo.
Ainda segundo o professor, outros setores da economia, como publicidade, marketing e outros segmentos de consumo sentirão bem mais que o jornalismo.