sábado, 8 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher

A comemoração de anos de luta e conquistas

Há 151 anos, operárias de uma fábrica de tecidos localizada em Nova Iorque, nos Estados Unidos, entraram em greve para reivindicar mudanças na carga horária diária, melhores condições de trabalho e equiparação de salário. No entanto, esta manifestação foi reprimida com violência por policiais e donos da fábrica. As trabalhadoras foram trancadas no local, que foi incendiado. Cerca de 130 tecelãs morreram, num ato desumano e desnecessário.

Em 1910 foi determinado, durante a II Conferência Internacional das Mulheres, realizada na Dinamarca, que o dia 8 de março seria o Dia Internacional da Mulher, em homenagem às operárias que haviam morrido. Mas, apenas em 1975, a data foi oficializada pela ONU por meio de um decreto. Tal data não é apenas um dia de lembranças, mas também uma forma de voltar pensamento social para as questões que se referem ao preconceito e desvalorização da mulher.

A imagem feminina sofreu uma constante evolução com o passar dos séculos. Em algumas tribos, na pré-história, elas eram vistas côo formas de divindades, pelo simples fato de conseguirem procriar. Naquela época, era ignorada a forma de geração e concepção de um feto. Também, no sul da Índia, escrituras datadas de 1148 revelam que, no estado de Karnakata, as mulheres administravam vilarejos e lideravam instituições religiosas. Essa situação começou a se inverter quando os homens tomaram conhecimento de sua participação essencial na procriação. Isso resultou na posição inferior que a mulher passou a ter em relação aos homens.

Durante muitos anos sendo educada para o casamento e exercendo os papéis de cuidar do esposo e educar os filhos, a mulher viveu um período de “privação”. Como a base familiar era explicitamente patriarcal, ela ficava à mercê das vontades do marido.

Tal condição começou a mudar novamente. Um dos motivos foi quando, na segunda metade do século XX, deu início uma eclosão de movimentos feministas. As mulheres buscaram sua independência e estão, cada vez mais, vivendo de forma atuante na sociedade. Em duas unidades da federação, elas já têm salários mais altos. No Distrito Federal, o salário feminino é, em média, 1,3% a mais que dos homens. Já no Amapá, essa diferença aumenta para 2,3%.

É importante lembrar que, apesar da crescente busca por igualdade de direitos, em muitos países do Oriente uma quantidade expressiva de mulheres continuam dedicando o tempo à casa e família por ser uma questão cultural fortemente enraizada.

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