sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Revista Imprensa promove Seminário

Jornalismo do Futuro e o Futuro do Jornalismo


Na próxima segunda-feira, 1º de Outubro, a revista IMPRENSA, que está comemorando 20 anos, promove, com o patrocínio da Petrobras, o seminário O Jornalismo do futuro e o futuro do jornalismo. O evento acontece na cidade do Rio de Janeiro (RJ), nas dependências do Hotel Glória, à Rua do Russel, 632, com entrada gratuita.

O encontro abordará as mudanças tecnológicas, de mercado e da economia, além da maneira como elas influenciam no agir social e no jornalismo. O objetivo é reunir profissionais, estudantes, professores e pesquisadores de comunicação para um diálogo aberto sobre o atual estado, o futuro e as perspectivas do jornalismo brasileiro e mundial, numa conexão entre as mais diversas editorias (cultura, responsabilidade social, meio ambiente, economia, internacional e esporte), e as relações de troca que as redações estabelecem com a sociedade na construção das pautas cotidianas.

Entre os palestrantes e mediadores estão alguns dos mais renomados e bem sucedidos jornalistas, produtores de conteúdo e executivos de mídia do Brasil.

Jornalismo do futuro e o futuro do jornalismo está dividido em uma conferência de abertura com os profissionais Caio Túlio Costa (IG), Ricardo Kotscho (Revista Brasileiros) , Sidney Rezende (Globo) e Ricardo Noblat (blog do Noblat), e dois painéis temáticos: "As grandes pautas e a agenda cotidiana" e "A agenda cotidiana em grandes pautas", com a participação de George Vidor (Globo News), Mário Andrada (Reuters), Mário Magalhães (Folha de S.Paulo), dentre outros.


Programação

10h00
Conferência de Abertura
Palestrante: Caio Túlio Costa (iG)
Debatedores: Ricardo Kotscho (Revista Brasileiros) e Ricardo Noblat (Blog do Noblat).
Moderador: Sidney Rezende (Globo)

O tema proposto pela organização do seminário é a relação entre comunicação, jornalismo, empresas e tecnologia. Basicamente, o que se pretende com essa conferência é abrir um campo de reflexão sobre o papel das novas tecnologias e na construção de um novo modelo de relacionamento entre as empresas, redações e a sociedade.

Questões de fundo:
as companhias serão também produtoras de conteúdo? Como elas vão fazer uso da tecnologia para se relacionar com seus públicos? Qual é o papel da Internet nesse cenário? Como ficam, portanto, as atribuições do jornalismo e dos jornalistas? E das assessorias de imprensa? O conferencista tem, aproximadamente, 25 a 30 minutos para expor suas idéias e os debatedores, 15 minutos.

11h00
Painel I
As grandes pautas e a agenda cotidiana
Participantes: George Vidor (Pauta Energia, Globonews), Washington Novaes (Pauta Meio Ambiente, TV Cultura) e Mario Andrada (Pauta Internacional, Reuters).
Moderador: Paulo Totti (Valor Econômico)

Pelo seu caráter mais abrangente, mais global e menos palpável, as pautas de Energia, Internacional e Meio Ambiente acabam ficando, muitas vezes, distantes da realidade cotidiana, embora, sabemos, os fatos que envolvem esses assuntos têm impacto direto sobre a vida de cada um dos cidadãos. A intenção desse painel é levantar um questionamento acerca da relação entre jornalismo e sociedade, no geral, e na importância dessas coberturas, particularmente. Como se relacionam, entre si, estas pautas? O que pode ser feito para que elas se aproximem da realidade do leitor/espectador/ ouvinte/usuá rio? Como convencer de que esses temas são importantes e merecem uma cobertura mais aprofundada e sistemática? Essas são algumas perguntas que o painel pode provocar.

14h30
Painel II
A agenda cotidiana em grandes pautas
Participantes: Amelia Gonzales (Pauta Responsabilidade Social, O Globo), Zuenir Ventura (Pauta Cultura, O Globo) e nome a confirmar.
Moderador: Mário Magalhães (Folha de S.Paulo)

Presentes em maior ou menor grau no noticiário, as pautas de responsabilidade social, cultura e esportes precisam, sistematicamente, beber na sociedade dos fatos que alimentem sua cobertura. Na prática, elas sempre são confrontadas com a necessidade de novas abordagens, o que só é possível com novas fontes e um outro posicionamento, diferenciado, diante dos fatos que cotidianamente se oferecem para os jornalistas que cobrem essas áreas. Como cobrir esportes e cultura fugindo da abordagem ligada a eventos ou às instituições? Como essas pautas podem fazer diferença na vida do cidadão? Qual a relação entre os temas esportivos e culturais e a construção de novos paradigmas (mais sustentáveis, socialmente responsáveis, inclusivos) que permeia tanto a agenda do terceiro setor e da responsabilidade social?

17h00: Conferência de Encerramento

Informações
William Lara: (11) 8273-1178
Visite: www.trendcomunicacao.com.br

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

I Fórum dos Jornalistas do Sul RJ

Programação Completa

Dias 5 e 6 de outubro de 2007
Local: Sest/Senat de Barra Mansa (Via Sérgio Braga – Barbará)


Dia 5 – sexta-feira

18h – Credenciamento

18h45h
– Formação da mesa

19h – ABERTURA DO FÓRUM: Prefeito, Presidente Câmara, Deputados(as) , Coordenadoras dos Cursos de Comunicação, Fenaj, FNPJ, Movimento Luta Fenaj!, Sindicato dos Jornalistas do Estado do RJ, SJPMRJ, Movimento Luta Jornalista Sul-RJ!

Mediadora:
Madá – assessora de comunicação da Câmara Municipal de Resende

19h30 – Palestra de Abertura: COMUNICAÇÃO: DEMOCRATIZAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS

Convidado:
Gustavo Gindre – Jornalista, mestre em Comunicação e membro do Coletivo Intervozes

20h30 – Debate

21h15 - ATO EM DEFESA DA TRANSPARÊNCIA NAS CONCESSÕES DE RÁDIO E TV

21h30 – RELANÇAMENTO DO PRÊMIO ACIAP-VR DE JORNALISMO VALÉRIA GALVÃO

21h45 – Coquetel com Exposição de charges e caricaturas de Clovis Lima


Dia 6 – sábado

8h30 às 9h30
– 1º Painel: ORGANIZAÇÃO SINDICAL DOS JORNALISTAS

Palestrantes: Suzana Tatagiba (Vice-presidente da Região Sudeste da Fenaj), Ernesto Viana (Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro), Bia Barbosa (Movimento Luta Fenaj!-SP), Suzana Blass (SJPMRJ) e representante do Movimento Luta Jornalista! Sul-RJ

Mediador: Álvaro Britto – jornalista do Incra e professor do UBM

9h30 às 10h15 – Debate

10h15
- ATO DE FILIAÇÃO AO SINDICATO DOS JORNALISTAS DO ESTADO DO RJ

10h30 às 11h30 – 2º Painel: O JORNALISMO ESPORTIVO NO BRASIL

Palestrantes: Oscar Nora (Rádio Sul Fluminense AM), Rafael Henzel (TV Rio Sul e Sportv) e Gustavo Henrique de Souza (assessor de imprensa do Voltaço)

Mediador: Marcelo Almeida – Jornalista e radialista

11h30 às 12h15 - Debate

12h15 às 13h45
– Almoço

13h45 às 14h45 – 3º Painel: A RESPONSABILIDADE SOCIAL NO JORNALISMO

Palestrantes:
Francisco Paulo (UFRRJ) e Evandro Ouriques (UFRJ)

Mediador: Márcia Chaves – jornalista da Prefeitura Municipal de Resende.

14h45 às 15h30
- Debate

15h45 às 16h45
– 4º Painel – MÍDIA E POLÍTICA

Palestrantes: Sérgio Boechat (consultor político); Paulo Roberto Figueira Leal (UFJF) e Dalila de Britto Ferreira (Rio-Previdência)

Mediador: Thaís Torres – jornalista da Prefeitura Municipal de Resende.

16h45 às 17h30 - Debate

17h30 – PLENÁRIA FINAL: Aprovação da Carta de Barra Mansa, Moções e sede do II Fórum

18h - Encerramento e entrega dos certificados


Realização: Movimento Luta, Jornalista do Sul-RJ! e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do RJ

Espiritismo

Thereza Gerhard

O Espiritismo é uma religião cristã, pois considera Cristo filho de Deus. Foi formulada em 1857, no “Livro dos Espíritos”, pelo professor francês Allan Kardec (1804-1869), pseudônimo de Hippolyte Leon Denizard Rivail.

Rivail estudou em Yverdun (Suíça) com Johann Heinrich Pestalozzi, de quem se tornou discípulo e colaborador. Escreveu gramáticas, aritméticas, estudos pedagógicos superiores; traduziu obras inglesas e alemãs. Organizou entre 1835 e 1840, em casa, cursos gratuitos de química, física, astronomia e anatomia comparada. Adotou o pseudônimo Allan Kardec a fim de diferenciar a obra espírita da produção pedagógica anteriormente publicada. A escolha deste pseudônimo deve-se ao nome que Rivail teria em outra vida, na época dos Druidas, nas Gálias. Isto foi lhe revelado pelo espírito Z, por meio de um médium.

Em 1855, o professor Rivail ouviu falar ouviu das mesas girantes, fenômeno mediúnico que agitava a Europa. Em Paris, ele fez os seus primeiros estudos do Espiritismo. Aplicou à nova ciência o método da experimentação. Passou a observar estes fenômenos e a pesquisá-los cuidadosamente. Não elaborou teorias pré-concebidas, insistiu na descoberta das causas. Assim, convenceu-se da existência dos espíritos e de sua comunicação com os homens.



Esta religião acredita na reencarnação: os espíritos retornam ao corpo físico, em sussesivas encarnações, para evoluirem até atingirem a perfeição.

Os espíritas realizam palestras, reuniões com “passes”, evangelização, o culto no lar e sessões mediúnicas. Não há liturgia, sacerdotes ou cerimônias como batizados e casamentos.

As palestras, geralmente, são sobre o Evangelho Segundo o Espiritismo. Mas também há as que abordam assuntos cotidianos como responsabilidade social e saúde.

Nas reuniões, pessoas chamadas passistas transmitem energia positiva e força psíquica para harmonizar outra pessoa. O passe pode agir como revitalizador, compondo as energias perdidas; dispersando fluidos negativos contraídos ou auxiliando na cura de enfermidades, a partir do reequilíbrio do perispírito (intermediário entre o corpo e o espírito).

A evangelização é feita por ciclos que compreendem várias fases da vida dos espíritas e tem por objetivo ensinar o Evangelho Segundo o Espiritismo e outros ensinamentos da religião. O culto no lar é uma reunião familiar constituída por preces e reflexões sobre o Evangelho.

E nas sessões mediúnicas, os espíritas se comunicam com os mortos por meio de um médium (intermediário entre o mundo espiritual e o terreno). A comunicação entre vivos e mortos pode ocorrer por meio da psicografia (o médium trancreve mensagens de espíritos) ou da psicofonia (o espírito utiliza o corpo do médium para falar com os vivos). O médium mais famoso do Brasil foi Chico Xavier.



A crença no mundo espiritual e na interação entre vivos e espíritos são encaradas a partir de uma visão científica. A própria fé, para os espíritas, deve ser raciocinada e tudo deve ser analisado antes de ser aceito como verdade. “Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade”, afirmou Kardec.


Livros recomendados:
Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Ed. Federação Espírita Brasileira.
Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita. Elaborado por Centro espírita Caminho de Damasco.
Livro dos Espíritos. Allan kardec. Ed. Federação Espírita Brasileira.
Nosso Lar. Francisco Cândido Xavierpelo pírito de André Luiz.
Obras Póstumas. Allan kardec. Ed. Instituto de Difusão Espírita.
O que é espiritismo? Roque Jacintho. Coleção Primeiros passos. Ed. Braziliense e Abril Cultural.
O que é espiritismo? 2ª versão Maria Laura Viveiros de castro. Coleção Primeiros passos. Ed. Braziliense.
Violetas na Janela. Romance do espírito Patrícia. Psicografado por Vera lúcia Marinzeck de Carvalho. Ed. Petit.

Sites: Curso básico sobre Passe
Estudo sobre o passe. Clarice Seno Chibeni.
Federação Espírita Brasileira
Nova Voz Espírita
Universo Espírita

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

I Fórum dos Jornalistas do Sul RJ



Thereza Gerhard

O I Fórum dos Jornalistas do Sul do Estado do Rio de Janeiro será realizado dias 5 e 6 de outubro, no Sest/Senat de Barra Mansa. Haverá palestras sobre temas atuais sucedidas sempre por um debate e os participantes ganharão certificados no último dia. O Fórum será organizado pelo movimento Luta Jornalista do Sul-RJ, encabeçado pelos jornalistas Álvaro Brito e Maria Madalena, e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio. O evento será gratuito.

O Fórum tem o objetivo de fortalecer a organização sindical dos jornalistas da região e, segundo Álvaro Britto, reconhecer o Sindicato do Estado do Rio de Janeiro como legal e legítimo representante dos profissionais do interior do estado. “É importante que os futuros profissionais comecem a participar destes debates. São momentos muito ricos de trocas de experiências”, ressalta.

Na sexta-feira, dia 5, a abertura do Fórum terá a participação de sindicalistas, coordenadores de Cursos de Comunicação, membros da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e de movimentos como Luta Fenaj! e Luta Jornalista Sul-RJ! Durante o evento será realizado um ato em defesa da transparência nas concessões de rádio e televisão. Logo após, será relançado o prêmio ACIAP-VR de Jornalismo - Valéria Galvão.

No sábado, dia 6, haverá um ato de filiação ao sindicato dos jornalistas fluminenses. A plenária final aprovará a Carta de Barra Mansa e moções e também decidirá a sede do II Fórum. O encerramento e a entrega dos certificados serão às 18h.

A iniciativa de realização do I Fórum dos Jornalistas do Sul do estado foi aprovado no Congresso Extraordinário dos Jornalistas realizado em Vitória no começo do mês passado.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Confucionismo

Thereza Gerhard

O Confucionismo é uma religião chinesa fundada a partir dos ensinamentos de Confúcio ou K´ong-fou-tseu (551-479 a.C). Sua filosofia é baseada na ética e no humanismo (ren). O Confucionismo pode ser entendido como um conjunto de normas de comportamento que mistura religião, código de ética, ritual social e filosofia política.




Confúcio foi um filósofo que nasceu em 551 a.C., quando a China passava por corrupção e miséria. Ele acreditava ter a missão de restaurar o mundo. Porém, Confúcio não pretendia criar uma religião. A vocação do sábio era política. E seu propósito era propiciar instrução moral e ensinar as pessoas a viver bem, de acordo com os valores de dever, cortesia, sabedoria e generosidade.

Nesta religião não há sacerdotes. Sábios posteriores como Mêncio e Zhu Xi transformaram as idéias de Confúcio numa religião.

Há quatro textos - chamados Quatro Livros - que estão na base do pensamento confucionista: Mêncio, O Grande Aprendizado, Doutrina do Significado e Analectos: livro deixado pelos discípulos de Confúcio. Desta escritura foram retiradas várias frases que encontramos nos tradicionais biscoitos da sorte chineses.

E há os Cinco Clássicos: História, Poesia, Ritos, Anais da Primavera e Outono e Mutações - I Ching. Confúcio resgatou e editou o livro das mutações. Os esotéricos afirmam que ele é capaz de responder qualquer pergunta após jogar três moedas.


Ensinamentos

Confúcio pregava a importância da família e o respeito aos mais velhos. Valorizava o aprendizado. Considerava o céu e os antepassados fontes de bondade. E ensinava que uma pessoa deveria tratar os outros da mesma forma como gostaria de ser tratada.

Para o sábio, famílias felizes são a base de um mundo harmonioso. Todos na família devem colaborar, ajudando-se e amparando-se mutuamente.



Cinco Relacionamentos


Confúcio identificou cinco relações de importância vital na sociedade chinesa: entre pai e filho, marido e mulher, irmão mais velho e irmão mais novo, imperador e ministro e entre dois amigos.


Rituais

Os confucionistas celebram rituais ligados ao ciclo da vida. O casamento tem um significado especial: a acolhida da noiva pela família do marido.


Culto

Venera-se os antepassados. Os ancestrais são cultuados em santuários domésticos ou nos altares dos templos.


Yin e Yang

Segundo o pensamento chinês, tudo no Universo é formado por duas qualidades opostas chamadas yin e yang. Yin representa qualidades femininas, receptivas e submissas. E o yang é masculino, ativo e inflexível. Ambos devem ser mantidos em equilíbrio.


Leia mais: Confúcio . Revista Superinteressante
Confúcio. Terra Educação
I Ching. Revista Superinteressante
O site da UOL disponibiliza uma versão do I Ching apenas para assinantes. Já o Terra tem acesso livre.

TV Pública Brasileira

A rede de TV Pública brasileira será criada a partir da fusão da Radiobrás com a TVE e a rádio MEC, criando uma nova entidade: a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A apreensão dos funcionários da TVE bem como da Radiobrás é que haja demissões após a mudança. O ministro de Comunicação Social Franklin Martins garante, porém, que “as empresas vão se fundir, mas isso não vai se dar com demissões em massa”.

No lugar da Radiobrás haveria um contrato de prestação de serviços pelo qual a TV Pública produziria informação de Estado minimamente necessária. Ou seja, a nova tevê já começa com a tarefa de comunicação estatal.

Artigo de Bernardo Kucinski, colunista da Agência Carta Maior, traz uma solução para a separação entre comunicação pública e governamental: “Atribuir à TVE, que é uma organização social de fins públicos, portanto já bem independente do Estado, o papel de esqueleto ou núcleo articulador da rede pública e limitar a Radiobrás ao papel específico e exclusivo de comunicação oficial”. Kucinski acredita na hipótese de que o verdadeiro objetivo seja o de acabar com a obrigatoriedade de transmissão da Voz do Brasil.

Para o colunista é um erro extinguir a Radiobrás. “A estatal tem as funções principais de divulgar as campanhas sanitárias, educativas e outras de utilidade pública, e prover informação básica, precisa e acurada sobre os atos do governo. Serve, inclusive, como fonte de informação primária para o jornalismo das empresas privadas”, afirmou.

Já a rede pública tem a função de produzir informação jornalística, cultura , crítica e entretenimento movidos estritamente pelo interesse público, em competição qualificada com o jornalismo das redes privadas, esse movido essencialmente pela busca de lucro e, portanto, pelos índices de audiência. A competição da rede pública não é com a do Estado, é com a da empresa privada.

O projeto é de que a TV tenha compromisso com a sociedade e não vise lucro. Não promova pessoas ou causas, dando voz às minorias e expressão às diversidades brasileiras. A TV Pública terá diversos segmentos, como TVs Universitárias, Comunitárias e dos Poderes Públicos.

As fontes de recursos para o financiamento da TV Pública, de acordo com o assessor especial do ministro da cultura, Mario Borgneth, serão os tesouros federal, estadual e municipal, instituições mantenedoras privadas e receitas próprias como patrocínios, comercialização de mídia e prestação de serviços.


A TV atenderá o público ou o Estado?

Uma das discussões a respeito da TV Pública é se ela servirá ao Estado ou realmente à população brasileira. “O que difere a televisão pública da televisão estatal é que a primeira é definida pelo público, já a segunda, pelo Estado. Queremos uma tevê pública plural, definida e apropriada pelo público, uma tevê que reflita a diversidade de nosso país”, explicou o ministro da Cultura Gilberto Gil, durante a abertura do I Fórum Nacional de TVs Públicas.

O ministro declarou ainda que é importante aproveitar as experiências feitas pela TV Cultura e pela TVE. “Precisamos buscar cada vez mais uma televisão com credibilidade, legitimidade e influente, que tenha poder de sedução e estética, sem abrir mão de uma ética do cidadão, que tenha repercussão social, elevando a qualidade geral da televisão produzida no país”, declarou.


Publicidade afeta o conteúdo?

O professor e economista Luiz Gonzaga Belluzo, que presidirá a rede de TV Pública, pretende não aderir a publicidade convencional, prefere que programas recebam patrocínios.

Segundo a legislação atual, é proibida a veiculação de publicidade em TVs Públicas. O jornalista Gabriel Priolli defende que a publicidade compra a maximização da audiência, que não é a lógica da TV Pública. "Nós sabemos o que essa lógica afeta a programação. E temos que produzir e continuar produzindo conteúdo".

Para o professor de publicidade Afrânio Moutinho, a propaganda não atrapalha o conteúdo. “Nas Tvs Públicas, a publicidade é estatal e o tempo de intervalo é pequeno”, conclui.


Saiba mais: I Fórum Nacional de TVs Públicas

KUCINSKY, Bernardo. Alô, alô, TV Pública: aquele abraço. Agência Carta Maior. 3 Set. 2007.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Candomblé

Errata

Releia a reportagem especial sobre a religião africana Candomblé.

Com a colaboração de um estudante de Comunicação Social e seguidor da religião, fiz algumas correções na matéria.

Se você tiver alguma sugestão, crítica, comentário ou informação sobre qualquer matéria envie um comentário ou e-mail para: jornalismo.agexp@ubm.br

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Reunião de Pauta

Ontem, dia 11, tivemos uma reunião de pauta e definimos os próximos dois Entrelinhas e o próximo jornal mural.

Uma das matérias principais será sobre a TV Pública e a outra sobre o Diploma de Jornalismo.

Alguma sugestão? Leu alguma notícia interessante sobre algum dos temas?

Mande pra gente. Comente ou envie um e-mail para jornalismo.agexp@ubm.br

Obrigada!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Catolicismo

Um dos vários ramos do Cristianismo

O cristianismo é praticado, atualmente, por 2 bilhões de pessoas, o que faz dele o maior do mundo em número de fiéis. A religião é monoteísta, isto é, defende a existência de um só Deus que criou o mundo e tudo o que há nele.

Segundo o cristianismo, Deus é perfeito, está em todos os lugares, sabe de tudo, criou o universo e o mantém funcionando.



A Bíblia diz que Deus julgará todas as ações dos seres humanos. O ser humano pode se aproximar de Deus através de oração, adoração, louvor e amor.


Doutrina



O cristianismo segue a palavra e o exemplo de Jesus Cristo, filho de Deus, que sacrificou sua vida na cruz pela humanidade. A doutrina se baseia na ressurreição de Cristo, na mensagem de fraternidade e na promessa de salvação e vida eterna.


Igreja Católica Apostólica Romana



Com sede no Vaticano, a Igreja Católica Apostólica Romana se mantém como a maior das denominações cristãs, com aproximadamente 1 bilhão de fiéis. Possui uma rígida hierarquia, sob a direção do papa.



O catolicismo é um nome religioso aplicado a dois ramos do cristianismo: a Igreja Apostólica Romana (ocidental) e a Ortodoxa (oriental).

Um dos pontos da doutrina que difere o catolicismo de outras ramificações é a crença nos santos - intermediários entre o homem e Deus.

A missa é o principal ato litúrgico católico e o ponto mais importante é a eucaristia ou comunhão, que simboliza o ritual da última ceia. Além da comunhão, a Igreja possui mais seis sacramentos: o batismo, a crisma ou confirmação, matrimônio, penitência (perdão dos pecados, concedido após a confissão), ordem (sacerdócio) e unção dos enfermos.



Os católicos acreditam na virgindade de Maria, mãe de Jesus. Não aceitam a anticoncepção artificial, o aborto e o divórcio (apesar de, no Brasil, ser permitido).


Cruzadas

Em 27 de novembro de 1095, na França, o Papa Urbano II, ordenou que os cristãos reconquistassem Jerusalém – terra onde Jesus teria nascido e morrido. Após 200 anos de guerras e várias derrotas, as Igrejas Ocidental e Oriental foram separadas e aumentou a desconfiança entre cristãos e muçulmanos.


Cavaleiros Templários

Poderosa ordem católica medieval composta por padres, cavaleiros e soldados. Os membros eram desde religiosos fanáticos a poderosos banqueiros. Tinham o mesmo objetivo dos cruzados. E obedeciam duras normas. Como tudo era mantido em segredo, houve margem para que se criassem lendas em torno da ordem como o graal e os filhos de Jesus com Maria Madalena.


Opus Dei
Esta organização católica foi fundada por Josemaría Escrivá, na Espanha, entre os anos 30 e 40. É uma legião de homens e mulheres comuns que pretendem se misturar ao mundo e mudá-lo de dentro para fora. São cerca de 85 mil seguidores entre leigos e sacerdotes. Utilizam a autoflagelação e, em hierarquias inferiores, devem manter a castidade.


Movimento Carismático

Surgiu nos Estados Unidos, em 1968, sob orientação do papa João XXIII. O movimento tem o objetivo de modificar a Igreja para atrair novos fiéis e reconquistar os que se afastaram do catolicismo. Promoveram eventos como “Deus é Dez!”, com padre Zeca, um ex-surfista. E tentam inovar as missas destacando a parte musical como faz o padre Marcelo Rossi.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Vinte anos sem Drummond

Thereza Gerhard

Vinte anos após a morte, Carlos Drummond de Andrade, ainda é lido, lembrado e homenageado. Não se cumpriu o que, na última entrevista ao suplemento Idéias, do Jornal do Brasil, Drummond previu: “Não tenho a menor pretensão de ser eterno. Pelo contrário: tenho a impressão de que daqui a vinte anos eu já estarei no Cemitério de São João Baptista. Ninguém vai falar de mim, graças a Deus. O que eu quero é paz”. Drummond faleceu, dia 17 de agosto de 1987.

Um poeta sem projetos ou grandes ambições, um farmacêutico que não seguiu a profissão, um burocrata do Ministério da Educação, um jornalista que não lidava com a rapidez de uma redação. Um homem comum, como ele mesmo se definia. Um paradoxo, de acordo com a professora de Letras e Comunicação Social, Beatriz Pacheco. Um funcionário público que conseguia ter a sensibilidade de um poeta. Um grande poeta, escritor e cronista que se considerava apenas o pacífico mineiro de Itabira. Recusou-se a entrar para Academia Brasileira de Letras, alegando não ter espírito ou tendência para ser acadêmico. Um escritor que sentia emoção e alegria ao criar sua obra. Porém, muito crítico com a mesma.

Drummond, além de poeta, era cronista. Começou no Jornalismo, como colaborador do jornal Diário de Minas. Não participou de nenhuma grande reportagem, nem da correria da apuração de grandes acontecimentos. Escrevia em casa e o jornal mandava alguém apanhar a matéria.

Um dos gêneros pouco abordados pela crítica da obra de Drummond é a crônica esportiva. Em 1957, Drummond reproduz, em "Fala Amendoeira", uma crônica cujo tema é "O Mistério da Bola", que se abre com o seguinte parágrafo: "Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada”. O cronista contribuiu para o resgate da crônica em versos.

Drummond foi um poeta preocupado com a educação, a natureza, a morte, o amor, o país e os brasileiros. E também foi um poeta de si mesmo e da própria poesia. “Eu acredito que a poesia tenha sido uma vocação, embora não tenha sido uma vocação desenvolvida conscientemente ou intencionalmente. Minha motivação foi esta: tentar resolver, através de versos, problemas existenciais internos. São problemas de angústia, incompreensão e inadaptação ao mundo”, declarou o poeta em última entrevista.

Carlos Drummond de Andrade

Thereza Gerhard


Drummond nasceu em Itabira, Minas Gerias, em 1902.



“Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.”


Estudou em colégios internos. Foi expulso da escola de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, acusado de “insubordinação mental”. Em 1921 começou a colaborar com o Diário de Minas.

“O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensangüentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.”


Em 1925, diplomou-se em farmácia, profissão pela qual demonstrou pouco interesse. Nessa época, já redator do Diário de Minas, tinha contato com os modernistas de São Paulo. Na Revista Antropofagia publicou, em 1928, o poema “No meio do caminho”, que provocaria muito comentário:

“Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra.”


Ingressou no funcionalismo público e em 1934 e mudou-se para o Rio de Janeiro. Em agosto de 1987, Julieta, única filha do poeta, morreu. Doze dias depois, Drummond faleceu.

O poeta havia publicado vários livros de poesia e obras em prosa - principalmente crônicas. Em vida, já era consagrado como o maior poeta brasileiro.

Alguns poemas, crônicas e textos em prosa de Drummond relatam acontecimentos banais, corriqueiros, gestos ou paisagens simples.

Muitos poemas de Drummond funcionam como denúncia da opressão que marcou o período da Segunda Grande Guerra.

A consciência do tenso momento histórico produz a indagação filosófica sobre o sentido da vida, pergunta para a qual o poeta só encontra uma resposta pessimista.

“E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?”


O passado ressurge muitas vezes na poesia de Drummond. A terra natal - ltabira - transforma-se então no símbolo da atmosfera cultural e afetiva vivida pelo poeta.

Da análise de sua experiência individual, da convivência com outros homens e do momento histórico, resulta a constatação de que o ser humano luta sempre para sair do isolamento, da solidão. Neste contexto questiona-se a existência de Deus.

Nos primeiros livros de Drummond, o amor teve tratamento irônico. Mais tarde, o poeta procura capturar a essência desse sentimento e só encontra - como Camões - as contradições.

“Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? [...]
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.”


Depois da morte de Drummond, reuniu-se no livro O amor natural uma série de poemas eróticos que exploram o aspecto físico do amor.

A metalinguagem, a reflexão sobre o ato de escrever, também fez parte das preocupações do poeta:

“Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.”


Novo Código de Ética dos Jornalistas



Thereza Gerhard


O Novo Código de Ética Profissional dos Jornalistas foi debatido e votado durante o Congresso Extraordinário dos Jornalistas, promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Espírito Santo.

Pouco mais de 100 jornalistas e estudantes representaram 20 estados brasileiros no encontro, realizado em Vitória no início do mês. Da região Sul Fluminense participaram o professor e jornalista Álvaro Britto, como observador, e a jornalista e assessora de Imprensa da Câmara de Vereadores de Resende, Maria Madelena, como delegada do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio.

A atualização do Código reafirma a função social dos jornalistas de oferecerem informação de qualidade, plural, responsável, ética e voltada ao interesse público. O prazo para a finalização do texto do novo código terminaria no final do mês de agosto. O documento será publicado pela Fenaj, para ampla divulgação em todo o país. Vale lembrar, que o antigo Código de Ética está em vigor desde 1987.


Modificações principais

– Confirma o dever de compromisso com a veracidade dos fatos, já previsto no antigo Código. O jornalista não pode deturpar informações ou declarações das fontes;
– estabelece que o jornalista deve respeitar os direitos das minorias;
– combate a atual disposição dos jornalistas de denunciar, punir ou julgar pessoas publicamente sem provas ou direito de resposta. O artigo visa lembrar que os jornalistas não estão acima da lei;
– adota a cláusula de consciência, segundo a qual, o jornalista poderá se recusar a executar pauta que entre em conflito com princípios do Código ou agrida as convicções do profissional. Porém, isto não pode ser usado como argumento ou desculpa para o jornalista deixar de ouvir pessoas com opiniões contrárias às dele;
– determina a obrigação do jornalista de informar claramente à sociedade quando uma matéria tiver caráter publicitário ou quando utilizar recursos que modifiquem imagens originais, como a fotomontagem;
– regulamenta, também, que o profissional não pode divulgar informações obtidas de maneira inadequada, como o uso de câmeras escondidas, identidades falsas ou microfones ocultos, a não ser se houver exigência de esclarecimento de informações relevantes para o interesse público, e desde que esgotados outros meios convencionais de apuração.

Além desses pontos, alguns outros assuntos estiveram em debate como o assédio moral e sexual e o limite entre o assessor de imprensa e o jornalista da redação. Apesar do esforço da Fenaj para criar novos parâmetros éticos para o jornalismo, o novo código não tem o poder de cassar diplomas. As penas são de efeito moral.

No site da Fenaj, pode-se encontrar a proposta de atualização do código de ética.