Mayara Campbell e Patrícia Rapôso
O caso Isabella Nardoni tem gerado polêmicas. A principal delas gira em torno da autoria do crime, que resultou na morte da menina, em São Paulo. Para a polícia, não há duvidas: a madrasta Ana Carolina Jatobá teria enforcado a vítima. E o pai, Alexandre, atirado a própria filha pela janela do apartamento. Os advogados de defesa do casal, por sua vez, sustentam que ele é inocente. Já a policia continua apostando na acusação. Para a mestra em Educação e Cultura, Marlene Fernandes, a mídia tem que ter muito cuidado ao abordar esses tipos de casos, e não pode pré-julgar ninguém.
- Do ponto de vista da sociedade democrática, nenhuma pessoa pode ser julgada, sem antes sair a declaração da Justiça. Mas a revolta faz com que a sociedade fique abalada e, dessa maneira, julga sem provas concretas – argumenta.
Para Marlene, a mídia está tendo mais cuidado ao lidar com o Caso Isabella: "Na década de 80, não houve o mesmo tato no caso da Escola de Base, quando seus proprietários foram acusados de abusar sexualmente de crianças. Na ocasião, a mídia espetacularizou a falsa denúncia e, sem nenhuma prova, lançou manchetes reproduzidas como se fosse uma onda espalhada pelo país", lembra.
A mídia também está massacrando a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira: "Estão tratando-a como se fosse uma celebridade. Um repórter chegou a perguntar se ela pretendia casar e ter filhos novamente. Para mim, isso é um absurdo, porque a relação dela com o caso não tem nada a ver com sua vida pessoal", salienta Marlene. A professora entende que a postura da mãe de Isabella é totalmente aceitável. "Ela está esperando que a justiça seja feita, para que, assim, siga sua vida e consiga lidar melhor com a dor da perda", analisa.
A coordenadora do Curso de Comunicação Social, Ana Lúcia Corrêa de Souza, acredita que a imprensa está fazendo o que precisa ser feito. "Se o papel da mídia for registrar os fatos oficiais, ela não está sendo sensacionalista", afirma. No entanto, a coordenadora diz que houve uma repressão sobre a abordagem do caso. "A imprensa mudou um pouco a forma de divulgar (o caso), por conta da observação de alguns setores - Observatório da Imprensa - para que não se repita o caso da Escola Base", adverte.
Ainda de acordo com a coordenadora, esse é um caso em que os jornais deveriam fazer uma investigação independente. "Eles poderiam contratar peritos para fazer testes e comparar com os resultados oficiais, divulgados pela polícia", diz.
As investigações sobre o crime continuam em andamento e a polícia pode pedir a prisão preventiva do casal a qualquer momento.
3 comentários:
Tb não concordo com a forma que a peopulação trata essas pessoas. Se culpados ou não, não cabe a nós fazer o julgamento.
Esse caso assusta, pois os perfis supostos assassinos, se confunde com a maioria dos cidadãos, não tem como se desviar desse tipo de gente, pois exatamente como nós.
A seguinte pergunta é que não quer calar, por que?
"Viver é muito perigoso!"
Olá, Patricia respondendo a sua pergunta como encontrei o entrelinhas, fiz uma pesquisa do escritores de blog de Resende, fui entrando em alguns, achei o blog interessante, e deixei um comentario, simples!!!
Parabens pelo blog, muito bem escrito, gostei. Eu ainda estou no inicio tenho muito o que pensar ainda, modificar algumas coisas, é isso!!
Um abraço
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