quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Budismo



Thereza Gerhard


Uma das religiões mais antigas da humanidade, o budismo não prega a existência de um deus. Foi criado no século VI a.C., pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563-483 a.C.), ou simplesmente Buda, que significa “o iluminado” ou “o desperto”.

Buda teria nascido na Índia, em uma família nobre. Pretendendo evitar a previsão de que Sidarta se tornaria um mestre espiritual, o pai, o rei Shudodhana, o cercou de uma vida de luxo, longe das questões filosóficas, espirituais e da realidade da vida fora do palácio. Entretanto, o príncipe conseguiu fugir para a cidade, onde, pela primeira vez, teve contato com a miséria da população. Chocado e em crise existencial, aos 29 anos, decidiu abandonar tudo e passou a se dedicar à busca da solução para o sofrimento humano.

O budismo tem de 350 a 500 milhões de seguidores em todo o mundo. E não se encaixa em nenhum dos padrões de outras religiões. Não há conceitos como céu, inferno e salvador. E segundo reportagem da Superinteressante, de março de 2002, “não há religião mais tolerante nem menos fundamentalista”.

O budismo ensina que os fiéis devem testar os ensinamentos de Buda nas experiências pessoais. “Através das ações diárias busco me tornar uma pessoa melhor”, diz a seguidora do budismo Nitiren Daishonin, Elizabete Moutinho.

O budismo procura levar os homens à superação do sofrimento por meio da disciplina mental, da meditação e de atitudes corretas perante a vida. Pela lei do carma, as ações das pessoas determinam o futuro. Elizabete fala da lei da causa e efeito ou carma: “Tudo que produzimos por nossos pensamentos, palavras e ações fica gravado em nossa vida e pode nos retornar. Por isto, presto mais atenção nas atitudes”.

Como não há templos budistas na região Sul Fluminense, Elizabete participa da Associação Brasil Soka Gakkai Internacional. E as reuniões são realizadas nas casas dos membros.


Doutrina

Os ensinamentos deixados por Buda são filosóficos, éticos e psicológicos.

O sofrimento tem origem no desejo e no apego. E a superação da dor é alcançada por meio do Nobre Caminho Óctuplo ou pelas Seis Perfeições.

O Nobre Caminho Óctuplo resume-se em: visão, pensamento, fala, ação, meio de vida, esforço, atenção e meditação corretos.

E as Seis Perfeições são: generosidade, paciência, ética, esforço entusiástico, concentração e sabedoria.


Fonte: PAULA, Caco de. Buda (matéria de capa). O iluminado. Revista Superinteressante. São Paulo: Editora Abril, Março de 2002. PP 38-46.


Saiba mais: Associação Brasil Soka Gakkai Internacional
Buddhanet em inglês
Dharmanet
Jornal Brasil Seikyo

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